O Banco Central (BC) anunciou que irá divulgar, ainda em setembro de 2025, as regras de padronização do Pix parcelado. A modalidade já está disponível em aplicativos de algumas instituições financeiras, mas ainda não conta com regulamentação nacional que defina parâmetros de funcionamento. O objetivo da medida é garantir maior transparência e segurança tanto para consumidores quanto para lojistas.
“Isso [Pix parcelado] vai estimular o uso do PIX no varejo para compras de bens e serviços e, especialmente, aquelas que têm valor mais elevado que demandam esse tipo de parcelamento”, afirmou o presidente do BC.
O dirigente também destacou que a modalidade poderá beneficiar diretamente cerca de 60 milhões de pessoas que atualmente não possuem acesso a um cartão de crédito.
Segundo ele, o Pix parcelado representa uma “grande inovação” por permitir o parcelamento de uma transação de forma instantânea, com a liberação imediata do valor ao vendedor.
“A intenção nunca é vetar qualquer tipo de alternativa que vocês têm hoje, sejam vocês empresas, a instituição financeira ou cidadão que está utilizando aquele serviço. E, sim, consigam apresentar alternativas que se apresentem competitivas e deixem que o desejo do consumidor, o desejo do cliente, a experiência do cliente determine qual é uma alternativa mais interessante, mais competitiva”, disse.
O Pix parcelado funciona de maneira semelhante a um empréstimo pessoal. Quando o cliente abre o aplicativo de seu banco para realizar um pagamento via Pix, pode encontrar a opção de parcelamento entre as alternativas oferecidas pela instituição financeira.
Com a regulamentação, espera-se que o Pix parcelado se consolide como uma alternativa ao cartão de crédito em operações de maior valor. Para os consumidores, a vantagem está na possibilidade de parcelar compras sem depender de limite no cartão. Para os lojistas, o benefício é receber o pagamento integral de forma imediata, reduzindo riscos de inadimplência.